O tratamento medicamentoso é a abordagem inicial e mais comum para o controle da epilepsia. Ele consiste no uso de medicamentos anticonvulsivantes, que ajudam a reduzir ou eliminar as crises ao estabilizar a atividade elétrica cerebral. A escolha do medicamento depende do tipo de epilepsia e das características do paciente, e o ajuste das doses é feito com acompanhamento médico regular para minimizar efeitos colaterais e garantir eficácia. A maioria dos medicamentos anticrise são distribuídos pelo SUS (saiba mais aqui).
A dieta cetogênica é uma estratégia nutricional baseada em uma alimentação rica em gorduras, com baixa ingestão de carboidratos e quantidade moderada de proteínas. Ela induz um estado metabólico de cetose, que pode ajudar a reduzir a frequência e a intensidade das crises, especialmente em casos de epilepsia resistente a medicamentos. Essa abordagem requer supervisão de profissionais especializados para garantir a adesão e evitar deficiências nutricionais.
A neuromodulação, particularmente por meio da terapia de estimulação do nervo vago (Terapia VNS), é uma opção para pacientes que não respondem ao tratamento medicamentoso, e não possuem indicação de cirurgia ressectiva. O VNS envolve a implantação de um dispositivo, sob a pele, na região abaixo da clavícula, que é conectado ao nervo vago através de dois eletrodos e envia impulsos elétricos regulares, modulando a atividade cerebral e reduzindo as crises. Embora não seja uma cura, pode ser eficaz para melhorar a qualidade de vida de muitos pacientes.
O canabidiol (CBD), um composto extraído da planta Cannabis sativa, tem se mostrado promissor no tratamento de alguns tipos específicos de epilepsia, como a síndrome de Dravet e a síndrome de Lennox-Gastaut e Esclerose Tuberosa. Ele é utilizado como terapia adjuvante, ajudando a diminuir a frequência e a gravidade das crises em pacientes com epilepsia resistente. Seu uso deve ser orientado por um médico, considerando potenciais interações medicamentosas e regulamentações locais.
A cirurgia ressectiva é indicada em casos de epilepsia focal, onde uma área específica do cérebro é identificada como origem das crises e pode ser removida com segurança. Esse procedimento é altamente eficaz em muitos casos, podendo até eliminar completamente as crises. A avaliação para a cirurgia é rigorosa, incluindo exames de imagem e monitoramento prolongado para garantir que a intervenção seja segura e benéfica.